26/03/2012 – Seminário de Pesquisas em Educação – Texto de Clarissa de Godoy Menezes
Uso da Flauta Doce (Click para ver a noticia original)
“Considerações sobre o Uso Da Flauta Doce no contexto escolar”
Depois daquele dia – a graduação. Quando cursei a disciplina de Metodologia do Ensino da Flauta Doce (UFRGS), tive a oportunidade de realizar, juntamente com meus colegas, um levantamento e análise de livros e métodos para flauta doce. Durante o levantamento e a análise desse material, não encontramos nenhum livro ou método que se referisse ao uso do instrumento em aulas de música na escola. Sabendo que a prática do ensino da flauta doce na escola existe, comecei a me questionar se haveria material didático disponível que se propusesse a utilizar a flauta doce no ensino fundamental como parte do currículo de música. Já no final do curso de Graduação em Música – Licenciatura, durante a prática de estágio, resolvi propor uma oficina de flauta doce para alunos que cursavam a 3ª e a 4ª série do ensino fundamental. No período de observação das turmas e elaboração do material didático a ser utilizado com os alunos, novamente me deparei com o desconforto que o uso do “meu” instrumento em sala de aula me causava. Concomitantemente à elaboração do material, também consultei vários livros de música e percebi que são escassos os materiais didáticos disponíveis para o ensino de flauta doce no contexto escolar. Essa escassez também pode ser encontrada em Souza (1997), que fez um levantamento de livros didáticos dirigidos a alunos da pré-escola ao 2º grau (hoje ensino médio) com o objetivo de ensinar música. Nessa bibliografia comentada são listados somente três livros de flauta doce: o de Mário Mascarenhas, Brincando com a flauta doce: melodias fáceis; o de Nereide Schilaro Santa Rosa, Flauta doce: Método de ensino para crianças; e o de Helle Tirler, Vamos tocar flauta doce. O livro de Mascarenhas é definido como um “álbum de melodias nacionais e internacionais do folclore infantil arranjadas para flauta doce” (SOUZA, 1997, p. 67). O livro de Rosa seria um método onde “a criança vai adquirir as primeiras lições de teoria musical, através da prática instrumental” (ibid., p. 67). Já o livro de Tirler é classificado como uma “coletânea de canções infantis brasileiras” (ibid., p.68).