Arte Nipônica

01/08/2005 – Pinakotheke –Rio de Janeiro – Livro – Nereide Schilaro Santa Rosa

Arte Nipônica, um encontro que deu certo (Click para ver o artigo original)

O percurso da arte brasileira cruza os caminhos da imigração. Não se pode negar a importância dos artistas imigrantes que ajudaram no desenvolvimento das artes no século XX. Italianos, espanhóis e principalmente os japoneses contribuíram para a evolução artística que assistimos no decorrer do século passado em nosso país.
A motivação que a arte despertou nesses indivíduos que se encontravam longe de sua terra natal, é prova contundente de que a arte não tem fronteiras, nem barreiras. Que a linguagem de quem se expressa é universal e envolvente, e ultrapassa o tempo e o espaço além da linha e da forma.
Vejamos um breve panorama sobre a arte brasileira ainda sem a presença de japoneses e imigrantes em geral. Faltava pouco tempo para o Brasil comemorar seus 400 anos. Nas artes predominavam temas ligados a fatos históricos da época; pintavam-se cenas de costumes e as pessoas da corte imperial. Mas, alguns artistas brasileiros no final do século XIX já representavam em suas telas temas autenticamente brasileiros; o homem do campo, seu modo de vida, seu ambiente, seu trabalho.
No entanto, no início do século XX nasceria o Modernismo, o mais importante movimento artístico brasileiro. A arte moderna brasileira no início do século XX teve como característica o resgate da cultura nacional. Existia uma preocupação em se manter o caráter nacionalista. Mas, onde realmente os pintores modernos buscaram sua inspiração? Suas idéias e seus ideais encontraram eco na medida que expressaram o Homem brasileiro, suas manifestações, seus costumes, seus sons e suas imagens.
E esse Homem, miscigenado, fruto de sangue imigrante, se transformou em tema para a arte moderna. Foi digerido e transformado em arte viva, rica, dinâmica. Essa foi a forma de assimilar e expressar culturas e mostrar ao mundo o que é ser brasileiro. Este era o principal pensamento de todos. Os modernistas se empenharam em resgatar a cultura nacional através de diferentes linguagens e formatos. A música de Villa-Lobos, a plástica de Tarsila do Amaral, a poesia de Oswald de Andrade, a escultura de Victor Brecheret e outros tantos, fizeram uma revolução artística que por muito tempo influenciaria nas produções dos artistas no Brasil.
O movimento Modernista no Brasil fortaleceu as artes e os artistas plásticos. Salões, exposições, críticas e reflexões sobre arte faziam parte do cotidiano de cidades como Rio de Janeiro, Recife, São Paulo, e algum tempo depois, Belo Horizonte. O movimento artístico era tão intenso que a arte de pintar era valorizada e enriquecida a cada instante por novos artistas e propostas. Como conseqüência, a partir da década de 1930, os artistas brasileiros começaram a se preocupar em abordar os problemas sociais do país. Naturalmente surgiram associações e grupos de artistas que se organizavam para estudar, pesquisar, trocar informações e fortalecer seu trabalho. Tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo, as artes estavam em pleno desenvolvimento, com destaque para a participação de artistas imigrantes, visto que a sua presença era muito significativa, principalmente em São Paulo. Grupos como Santa Helena, Núcleo Bernardelli e Família Artística Paulista se organizavam em busca do fortalecimento do papel das artes em meio ao cenário político social desse período. Evidentemente que os imigrantes não poderiam se distanciar de todo esse movimento, era natural que se aproximassem das artes, tal como ocorreu.
As décadas de 1930 e 1940 no século XX são muito importantes para a cultura nipônica no Brasil. Foi exatamente nesse tempo que um grupo de artistas japoneses se destacou devido a sua iniciativa em estudar, trocar idéias e compartilhar suas experiências artísticas. Yoshiya Takaoka que já freqüentava o Grupo Santa Helena no centro de São Paulo desde 1931, formado essencialmente por artistas italianos e espanhóis, não demorou muito para perceber que a presença nipônica na cidade era marcante, o que o levou a encontrar seus conterrâneos interessados em arte.
“Da comitiva dos artistas japoneses que formaram e afirmaram a Escola da pintura nipônica em São Paulo, hoje florida e apreciada, Yoshiya Takaoka foi o mestre. Um dos primeiros a se radicar na capital, e por isso precursor e indicador de como se ambientar e se comportar aos conterrâneos que mal andavam aparecendo. De numerosos colegas foi cordial professor. Aquele que, tendo extraordinária experiência na técnica pictórica e da aquarela, proporcionou aulas e auxílio. De temperamento bom, paciente, sempre pronto a prestar seus notáveis socorros em todos os sentidos, pode-se dizer que Takaoka representou na São Paulo dos anos 1930 e 1940, figura característica. Professor de muitos jovens, entre eles o grande Mabe quando veio de Lins, de Jorge Mori, de Wega. Sua pintura a exercitava na figura e na paisagem com bravura e sensibilidade oriental, porém muito integrada nos modos ocidentais: um japonês de espírito, desenvolvendo sua atividade na metrópole, que muito lhe deve. Respeitado, amado sinceramente por todos os que o freqüentaram, reservado, um ser que Carlyle teria colocado no setor dos tácitos silenciosos, o caro Takaoka deixa uma lembrança grata e um nome de artista entre os melhores que o Japão deu ao Brasil.” Palavras de Pietro Maria Bardi na apresentação de Yoshiya Takaoka: vida, obras, depoimentos. Edição Museu de Arte de São Paulo SP, 1980.
No ano de 1935, Takaoka e seus amigos Hajime Higaki, Shigeto Tanaka, Takahashi, Tamaki e Tomoo Handa, resolveram fundar um grupo artístico. Encontravam-se mensalmente para estudar arte brasileira e contemporânea, além de refletir sobre suas próprias obras. Todos eram imigrantes de diferentes localidades do Japão. Inicialmente, alguns foram morar no interior do Estado de São Paulo e depois vieram à capital, outros já estudavam na Escola de Belas Artes. Na cidade grande, urbanizada e em pleno desenvolvimento, a língua japonesa e os dialetos das diferentes regiões do Japão os aproximaram, além do interesse pela pintura, escultura e cenografia. As reuniões aconteciam no porão de uma pensão onde Handa trabalhava, na rua Alagoas, 32, no bairro de Higienópolis na cidade de São Paulo. O grupo chamava-se São Paulo Bijitsu Kenkyu Kai-Seibi (Grupo de Estudo de Artes Plásticas em São Paulo) ou Seibi-kai, ou, como ficou conhecido, Grupo Seibi com freqüência restrita aos nipônicos. Uma característica do grupo foi a produção de auto-retratos e paisagens, característicos da pintura figurativa, estilo que predominou sob forte influência da arte acadêmica. Os artistas do Grupo Seibi, apesar de serem discretos, participavam dos eventos e movimentos de arte que eventualmente ocorriam na cidade.
Passado um ano, Takaoka mudou-se para o Rio de Janeiro e participou de um outro grupo, já com a presença de artistas brasileiros, chamado Núcleo Bernardelli onde teve aulas com Bruno Lechowsky. Mas, em São Paulo, o Grupo Seibi continuava suas atividades e realizou a sua primeira e única exposição dessa fase, no Clube Japonês, no ano de 1938. No entanto, um fato veio conturbar os seus trabalhos: a partir da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos países aliados no ano de 1942, contra o Japão, a colônia e, conseqüentemente, os artistas nipônicos que viviam no Brasil sentiram os efeitos do conflito, restringindo sua presença em todos os setores da sociedade. O grupo só retornaria às suas atividades anos mais tarde, em uma segunda fase.
O advento da Segunda Guerra Mundial, além de provocar um hiato nas atividades do Grupo Seibi, provocou uma outra interessante conseqüência para o desenvolvimento da arte nipo-brasileira: a vinda de Tadashi Kaminagai, um consagrado artista japonês e ex-estudante budista, ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro. Em sete de dezembro de 1941, enquanto o Japão atacava Pearl Harbor, Kaminagai desembarcava no Rio de Janeiro. Trouxe uma carta de recomendação do pintor Foujita da Escola de Paris, ao já consagrado pintor brasileiro Candido Portinari. Kaminagai fundiu o olhar oriental ao europeu, visto que tornou-se o pioneiro da nova Escola de Paris em nosso meio. Paisagista figurativo, não aderiu ã abstração, como aconteceu com tantos outros de seus colegas. Foi morar no bairro de Santa Teresa onde instalou um ateliê que também funcionava como oficina de molduras. A partir de então, começou a dar aulas, e entre seus alunos se destacaria uma nova geração de artistas brasileiros: Inimá de Paula e os japoneses Flavio-Shiró e Tikashi Fukushima, entre outros. A primeira exposição individual de Kaminagai aconteceu por volta de 1945, organizada por Candido Portinari, no Hotel Serrador, no Rio de Janeiro.
Enquanto isso, um jovem japonês chamado Tikashi Fukushima chegava à capital vindo do interior de São Paulo, mais precisamente da cidade de Lins, onde havia conhecido um outro jovem chamado Manabu Mabe. Em São Paulo, Fukushima se interessou em aprender uma nova profissão: fazer molduras. Ouviu falar sobre Kaminagai e mudou-se para o Rio de Janeiro. Imediatamente começou a freqüentar o ateliê de quem se tornaria aluno, e com quem aprenderia a construir molduras.
Finalmente a Segunda Guerra Mundial terminou e, em São Paulo, no ano de 1948, o Grupo Seibi retomou seus encontros como ateliê coletivo e mais ainda, os seus artistas começaram a dar aulas de pintura. Nos anos seguintes, tanto Takaoka como Kaminagai e os outros artistas que se engajaram ao grupo, se envolveram cada vez mais nas artes brasileiras, principalmente com a retomada das atividades do Grupo Seibi, que se fortalecia com os novos artistas japoneses e brasileiros. Todo esse movimento contribuiu para o desenvolvimento das artes no Brasil, deixando clara, a importância dos artistas japoneses em nossa história e formação artística.
Ao mesmo tempo, um novo grupo se formou em São Paulo, também envolvendo artistas japoneses e brasileiros. O seu nome era Grupo dos 15, também conhecido como Grupo do Jacaré. Eles se encontravam na sala n° 10, na rua 11 de Agosto, n° 224, no centro da cidade. A única exposição desse grupo de artistas aconteceu no Instituto dos Arquitetos de São Paulo, com a participação de alguns pintores do Grupo Seibi como Takaoka e Handa, além de outros japoneses como Shigeto, Tamaki, Higaki, Masuda, Masato Aki, Takeshi Suzuki, Iwakichi Yamamoto, Masato Okinaka, Funaki, e ainda os brasileiros Joaninha Cunha Bueno, Ataíde Barros, Geraldo de Barros e Antonieta Barros. Mais tarde, Flávio-Shiró, aluno de Kaminagai, Antônio Carelli, Alina Okinaka e Odette de Freitas também se juntaram ao Grupo dos 15. De alguma forma, o traço e o grafismo dos ideogramas orientais se tornaram elementos cada vez mais presentes nas artes brasileiras.
Enquanto Flavio-Shiró freqüentava o Grupo dos 15, Tikashi Fukushima resolveu retornar a São Paulo, onde casou-se e deu continuidade à sua profissão, abrindo uma molduraria no Largo da Guanabara no bairro do Paraíso, onde hoje se localiza a estação do metrô Paraíso. Fukushima morava com sua família nessa fábrica de molduras, que ficou conhecida e muito procurada pelos artistas da época. Ele realizava molduras especiais, esculpidas a canivete e chegava a combinar a cor da madeira com a dos quadros. Enfim, realizava um trabalho cuidadoso e bem exclusivo que cativava os artistas da cidade. Quando terminava seu trabalho, freqüentemente expunha os quadros dos fregueses para secar em uma sala na frente da casa. De sala de secagem para sala expositiva, foi um pequeno passo. E assim surgiu a primeira galeria de arte da cidade. Os seus fregueses, artistas japoneses e brasileiros, se tornaram amigos e começaram a se encontrar para conversar e estudar arte em sua casa. Formaram um grupo que se autodenominou Grupo Guanabara, ativo de 1950 a 1959. A proposta do grupo não era política, nem presa a padrões artísticos pré-determinados. Todos participavam livremente. Integravam o grupo, artistas japoneses e italianos: Alzira e Armando Pecorari, Arcângelo lanelli, Hajime Higaki, Jorge Mori, Takeshi Suzuki, Tamaki, Tikashi Fukushima, Tomoo Handa e Yoshiya Takaoka, estes últimos, integrantes do já famoso Grupo Seibi.
A arte moderna continuava em pleno desenvolvimento. No final dos anos 1940, a cidade de São Paulo havia recebido dois grandes presentes: o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e o Museu de Arte Moderna (MAM), o que provocava uma turbulência entre os artistas mais conhecidos, e também entre os novos que procuravam se inteirar dos acontecimentos e dos eventos que ocorriam na cidade. O Grupo Guanabara não estava alheio a esses movimentos, porém ali se tratava livremente uma miscigenação de estilos e gêneros que provocava indignação em alguns críticos e admiração em outros. Os artistas tentavam participar de eventos e organizar coletivas. A primeira aconteceu em 1950 na galeria Domus, e contava com os nove fundadores e mais: Hajime Higaki, Jacyra Pereira de Campos, Jorge Mori e Kenjiro Masuda, totalizando treze pintores. Até 1959 foram realizadas mais cinco exposições do Grupo, sendo que a última apresentou vinte e nove artistas. O Guanabara, em toda a sua existência, chegou a ter trinta e quatro participantes.
O Grupo Seibi renovado e o Grupo Guanabara, de certa forma colaboraram para a forte tendência abstrata que iria explodir com grande força a partir da I Bienal de São Paulo em 1951, o maior evento artístico brasileiro. Com grande ênfase no abstracionismo, o concretismo, o neoconcretismo e a op-art se tornaram algumas das tendências da época. E os artistas japoneses foram dos poucos participantes que compareceram a todos os eventos da Bienal de São Paulo.
Os diversos alunos de Takaoka e Kaminagai, em sua maioria japoneses, evoluíram em seus próprios caminhos, figurativos ou não. Houve o tempo que participaram do Grupo Seibi e do Grupo Guanabara, e houve o tempo que seguiram suas tendências sejam abstratas, sejam expressionistas. Como por exemplo, Flavio-Shiró, expressionista, que até hoje realiza uma obra intensa e empolgante. No entanto, na história da arte nipo-brasileira destacam-se dois nomes japoneses que merecem especiais comentários, dada a sua importância para o cenário brasileiro. Manabu Mabe e Tomie Ohtake, artistas contemporâneos, participaram da segunda fase do Grupo Seibi e também do Grupo Guanabara. Mabe chegou ao Brasil em 1934 e foi aluno de Takaoka, e Tomie chegou ao Brasil em 1936 e foi aluna de Keisuke Sugano.
De forma natural, os artistas japoneses se identificaram com o abstracionismo. A pintura abstrata lhes permitiu que se entregassem plenamente à síntese das cores e das formas, em uma vertente predominantemente oriental. Como diz Tomie Ohtake, “poucos elementos devem dizer muita coisa” e nos explica que sua inspiração vem da noção de tempo do ukiy-o, que significa imagens do mundo que passa. Ela nos ensina como olhar suas obras que revelam esta beleza fugaz, porém permanente.
A tradição oriental, o silêncio, a discrição, o equilíbrio das obras abstratas de Manabu Mabe e Tomie Ohtake proporcionam, até hoje, o deslumbramento de quem se envolve e se encanta com a simplicidade das formas. Mabe aderiu à abstração em 1955, com a obra abstrata Vibração-Momentânea. Em 1959, participou daV Bienal Internacional de São Paulo, com as obras Composição Móvel, Pedaço de Luz e Espaço Branco (todas daquele ano) e recebeu o prêmio de Melhor Pintor Nacional.
No ano de 1961, surgiu um novo personagem na arte abstrata nipo-brasileira com a vinda de Kazuo Wakabayashi para o Brasil, mais precisamente para São Paulo. Ele procurou Manabu Mabe e Tomie Ohtake com uma carta de apresentação do artista japonês Waichi Tsudaka e integrou-se ao Grupo Seibi, apresentado por eles. Iniciou uma série de participações nos principais eventos artísticos da cidade, inclusive como membro do júri do 10° Salão do Grupo Seibi de Artistas Plásticos, salão em que ganhou a Grande Medalha de Ouro, na edição de 1963, além de ser premiado em várias edições da Bienal Internacional de São Paulo. Pintor abstrato, suas obras resultam da pesquisa de materiais e texturas diferentes, além da utilização de técnicas mistas, com a predominância de cores escuras.
Mas é em Ohtake, ícone da arte nipo-brasileira, que a importância desse segmento se tornou clara e evidente. Tomie Ohtake se destacou, além de suas pinturas, pelas diversas obras públicas que estão presentes em várias cidades brasileiras como o painel pintado na empena do Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo feito no ano de 1984; a escultura Estrela do Mar, alocada na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro em 1985; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil, em 1988 em plena avenida 23 de Maio, e os painéis no Memorial da América Latina e na estação do metrô Consolação, em São Paulo no ano de 1991; as esculturas em um parque industrial na cidade de Araxá, Minas Gerais, e ainda, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo em 1999 e na praça Professor José Lannes, em São Paulo.
A importância do trabalho destes artistas, a partir da década de 1960, e no caso de Tomie Ohtake até hoje, foi fundamental para entendermos a evolução do olhar para a arte brasileira, e o amadurecimento do espectador quanto a representação dos elementos plásticos mais diversos.
De todo esse caminhar das artes, com ênfase no recorte nipo-brasileiro, conclui-se pela contribuição fundamental destes artistas para a cultura e para as artes do Brasil. De uma simples iniciativa em 1935, exatamente setenta anos atrás, dos breves e silenciosos encontros realizados quase à revelia do cotidiano, até as premiações e o reconhecimento dos renomados artistas japoneses que até hoje estão presentes em nosso meio artístico, foi um longo e persistente caminho, não menos tortuoso do que sensível, não menos envolvente do que emocionante. Um encontro que amenizou a distância e promoveu a integração, a busca pela representação intensa e envolvente de quem se expressa com arte.
Arte nipo-brasileira, um encontro que deu certo no Brasil… Um encontro que enriqueceu nossa cultura e incentivou nossos maiores pintores a produzir uma obra inigualável.

Seja pelo resgate multicultural…

Seja pela expressão do homem – imigrante.

Harmônica e bela.

Simplesmente, Brasil.

Simplesmente, Japão.